sábado, abril 30, 2005

Reflexos...

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Estes reflexos coloridos, espelhados numa quente noite de Verão são a imagem da minha alma reflectida em ti.
Ao som do bater das ondas fui lembrando velhos tempos, velhas memórias que só voltarão quando eu ouvir aquela música na rádio, quando sentir aquela chuva na face ao passar junto da tua casa.
Entre um dia e outro, lá faço um esforço pra me esquecer de te esquecer... É difiícl, mas o mundo parece fazer questão de te recordar. Ou serei eu quem não te quer largar?!
Há qualquer coisa que surge junto de mim... Mas quero sentir repulsa, quero sentir medo, quero não sentir nada. Não me quero prender porque dói. Mas ao mesmo tempo, sinto necessidade de me sentir querido, sinto vontade de querer alguém! Que seca! Qualquer dia arranco o cérebro pra não sentir...

terça-feira, abril 26, 2005

Desabafo

Vagueio por entre a multidão que se desloca contra mim. Escolhi remar rio acima e agora sofro as consequências.
Entre um ou outro encontrão, pensei encontrar uma mão estendida que se oferece para me ajudar. Mas a ajuda não era para mim, mas sim para o todo que a estendia, que também estaria prostrado na calçada pisada por todos...
Uma vez mais me arrasto pelos dias que teimam em fugir. Uma vez mais faço mil promessas a mim próprio, daquelas que sei que não conseguirei cumprir mas que me orientam e me fazem repensar os esquemas mentais.
Não quero e não posso voltar a amar; porque nunca me senti amado! Gostava tanto de me fechar numa caixinha pequenina e nunca mais sair de lá... Dói tanto a ausência e indiferença... Onde estás tu? Começo a achar que nunca estiveste comigo, que me usaste para te catapultares para outro nível da tua própria existência. Um mero trampolim!
Quero amar-te... Quero dar-te a minha mão e quero sentir-te comigo! Quero beijar-te debaixo da Lua, numa duna perdida algures na costa. Olhar-te nos olhos e e ver-me reflectido no teu olhar... Viajar contigo para todo o lado e deitar-me a teu lado, quando chorares... Amor, amor, amor!

quinta-feira, abril 14, 2005

Onde me levam as lágrimas...

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terça-feira, abril 12, 2005

This Time

This Time
>> Smashing Pumpkins



This time I need to know
I really must be told
If it's over
It's up to you, you know
The things you want to hold
Are in pieces
Crashing down
Crashing down again
Crashing down
Crashing down my friends
I've got to move it on
I've got to sing my song
While I still can
Dispatch the last alarms
And of the last few shards
They're still surprising
Only love
Only love can win
Crashing down
Crashing down again
Only love, yeah
Only love will win
Crashing down
Crashing down again
This time
I need to know
I really must be told
That it's over
I've lived my life alone
My every step fortold
To never linger
And yet it haunts me so
What are we letting go
The spell is broken
Crashing down
Crashing down my friend
Crashing down
Crashing down again
Only love, yeah
Only love will be enough, yeah
Only love will win
For every chemical
You trade a piece of your soul
You know me time
And who you think you know
Doesn't know you at all
Portrayed as needless
Someday we'll wave hello
And wish we'd never waved goodbye
To those brown eyes
We'll drink up every line
And shoot up everyone
Until it's no more
Crashing down
Crashing down my friends
Only love
Only love can win
So cry these tears
We'll cry is all
We've held so long
To fall apart
As the curtain falls We bid you all goodnight

'Ain't nobody's love that gonna help me!"

Um vazio abateu-se sobre mim. É como se estivesse preenchido por um nada que é, simultaneamente, um tudo!
Estou a afogar-me nas lágrimas que me correm pela face enquanto sorrio à vida. Engraçado, né? Afundo-me e fico contente por isso... Talvez porque sei que cada vez que me dou, que me mostro, que VIVO, apenas sopro energia e força na direcção e no sentido do vento que corre p´ra ti, sem se preocupar com as orquídeas no caminho.
E é como se morresse um pouco mais sempre que "vivo"... Paradoxal!!! Não deveria ser o oposto?!
Anulo-me um bocadinho mais, imiscuo-me um pedacinho mais na mol humana disforme e sem objectivos, tornando-se apenas mais uma fibra muscular que se contrai sem saber porquÊ.
Porque assim é mais fácil; porque assim é mais simples; porque SIM... Sem no entanto o querer!
Queria tomar-te, levar-te à falésia da minha existência e saltarmos juntos, olhos nos olhos, mãos nas mãos! E sorrir... Sabendo que estarias comigo.
E voltar depois, p'ra repetir, agora voando sobre o teu lago profundo e mergulhar, sorvendo a água gelada da tua essência... Caindo numa qualquer cama, sofá, chão... E fazer amor contigo de olhos abertos, gritando, gemendo, suspirando por mais!
Mas não; não me deixam VIVER porque me matam um pedacinho mais, todas as vezes que me beijam, que me tocam, que fazem vibrar por dentro, apenas com a intenção de se "descobrirem"... Pfffff!
Please... Se não me quiserem deixar viver, ao menos deixem-me anular-me dignamente, não oferecendo uma mão supostamente repleta de algo (que desconheço) bom e maravilhoso.
Quero morrer um pouco mais... Quero viver! Quero... Não quero...

segunda-feira, abril 11, 2005

Quero É Viver

Vou viver
Até quando eu não sei
Que me importa o que serei
Quero é viver
Amanhã
Espero sempre um amanhã
E acredito que será
Mais um prazer
E a vida
É sempre uma curiosidade
Que me desperta com a idade
Interessa-me o que está para vir
E a vida
Em mim é sempre uma certeza
Que nasce da minha riqueza
Do meu prazer em descobrir
Encontrar, renovar, vou fugir ao repetir

António Variações

domingo, abril 10, 2005

4U

Vejo-te no café. Ouço-te na rádio. Cheiro-te na discoteca... SINTO-TE EM MIM!
Porque não me sais da cabeça? Porque insistes em torturar-me docemente, como só tu o soubeste fazer?
Pára... Desaparece de uma vez da minha vida, se é isso que queres. Dá-me uma explicação.
Não fiquei contente com o que disseste... Axas normal?! Não tinhas o direito de me tratar assim!
Não me conheceste o suficiente para fazeres os juízos de valores que fizeste.
Escusavas de me ter feito um desenho... De me dizeres que querias mais mensagens... Mensagens essas que vinham do meu "eu", do coração.
Espero que não encontres mais ninguém como eu; eoncontra alguém que te saiba dar o que precisas e que eu não consegui... E bem tentei!

the Blower's Daughter

And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...
And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...
Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind... My mind...my mind...
'Til I find somebody new

sábado, abril 09, 2005

Tatuagens

"Em cada gesto perdido
Tu és igual a mim
Em cada ferida que sara
Escondida do mundo
Eu sou igual a ti
Fazes pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar
Em cada grito da alma
Eu sou igual a ti
De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim
Fazes pinturas de sonhos
Pintas o sol na minha mão
E és mistura de vento e lama
Entre os luares perdidos no chão
Em cada noite sem rumo
Tu és igual a mim
De cada vez que procuro
Preciso um abrigo
Eu sou igual a ti
Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar
Em cada grito afundado
Eu sou igual a ti
De cada vez que a tremura
Desata o desejo
Tu és igual a mim
Faço pinturas de sonhos
E pinto a lua na tua mão
Misturo o vento e a lama
Piso os luares perdidos no chão"

Mafalda Veiga

quinta-feira, abril 07, 2005

Roda dentada

Se fosse tempo,
Parava.
Não importava o resto.
Apenas que pudesse
contemplar o teu
Rosto perfeito, qual bola de sabão
Flutuando nas incertezas do Destino!
Esse maldito,
Que me afasta das costas do teu
Ser!
Mas não sou…
Reduzo-me então
À insignificância
Da minha existência
À face da tua
Indiferença por mim
Tudo menos isso!
Até o ódio é mil vezes
Preferível a essa sombra
que me acompanha
Ao som do
Tic-tac…
Tic-tac…
Tic-tac…
Daquele que não
Sou.

Para ti, sonho de uma vida...

Tempestade

Foi naquela noite
Ao largo da praia…
O ar quente e abafado
Fustigava os nossos corpos
Como uma luva de cetim
E o mar balançava
Ao som do nosso
Amor!
Tudo era perfeito
E nós, unos,
como só os amantes
o sabem ser,
Celebrámos o nosso
Reencontro,
há muito esperado.
Mergulhámos um no outro,
Com sede de amor e
de Paixão
Há muito não saciados.
De repente,
uma rajada de frio vento;
Então senti a
Sombra da Morte
Pairar sobre nós e
Sobre o nosso amor.
Num segundo
Tudo se desvaneceu
E quando olhei para p’ra ti
Não te encontrei nos
Teus olhos…

quarta-feira, abril 06, 2005

Vem!

Tenho medo...
Arrepio-me ao pensar
no que te farei quando
chegar ao fim desta
Montanha russa louca.
Não paguei bilhete,
mas deixei-me empurrar
para os carris e agora os
Travões não aguentam.
Abro bem os braços para
Abraçar o vento que me
Afaga a face feliz!
Peço, imploro, para
Que não pare;
Viajo em direcção oposta
à tua, apesar de estarmos
lado a lado.
A tua cabeça está comigo
mas o teu coração está
Lá longe, onde explodes
em amor recalcado com
Orgulho.
Não luto; não vou competir!
Vou conquistar-te de mansinho,
Coo quando o Sol beija
as praias acariciadas por
Vagas doutras vivências
Que um dia me irás
mostrar...

Ilusão

A vida brilha
E chama por mim
Lá fora;
Mas insisto em
Fechar-me entre
paredes de memórias
e recordações,
perdidas no tempo…
De vez em quando
Um raio de Sol
Espreita por uma frincha,
E ilumina o meu espírito!
Mas logo se fecha
Para me atirar de
novo para o esquecimento
E para a (in)felicidade
Da solidão…

Carta

"Não falei contigo
Com medo que os montes e vales
Que me achas, caíssem a teus pés
Acredito e entendo que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és…
Saudade é o ar que vou sugando
E aceitando como fruto de Verão
Jardins do teu luejo
Mas sinto que sabes que sentes
Também que num dia maior
Serás trapézio sem rede
Pairar sobre o mundo
Em tudo o que vejo

É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago, feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Que nela te pinto nua…
NUA!!!!!!!!!!!!!!
Numa chama
Minha e tua

Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado
Por tejadilhos ? estragados
Aos quais te vais mudando…
E todo o teu planeamento estratégico
De sincronização do coração
São mais como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando
Anseio o dia em que acordares
Por cima de todos os teus números, raízes quadradas
De somas subtraídas
Sempre com a mesma solução!
Não podias de deixar de fazer da vida
Um ciclo vicioso,
Harmonioso, ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão!!!

É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago, feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Que nela te pinto nua…
NUA!!!!!!!!!!!!!!
Numa chama
Minha e tua
Minha chama…
Minha e tua…

Desculpa se te fiz fula ?????
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos deuses
Mas não fui eu que te escolhi…
Desculpa se te usei como refúgio
Dos meus sentidos,
Pedaço de silêncio dos perdidos…
Voltei a encontrar em ti

É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago, feiticeiro
Que nela te pinto nua…
NUA!!!!!!!!!!!!!!
Numa chama
Minha e tua
Numa chama
Minha e tua…

Não magoes alguém…
O tiro passou-me ao lado!
Não magoes alguém…
Se não te deste a ninguém,
Magoaste alguém!
A mim passou-me ao lado,
A mim passou-me ao lado…"