quinta-feira, abril 07, 2005

Roda dentada

Se fosse tempo,
Parava.
Não importava o resto.
Apenas que pudesse
contemplar o teu
Rosto perfeito, qual bola de sabão
Flutuando nas incertezas do Destino!
Esse maldito,
Que me afasta das costas do teu
Ser!
Mas não sou…
Reduzo-me então
À insignificância
Da minha existência
À face da tua
Indiferença por mim
Tudo menos isso!
Até o ódio é mil vezes
Preferível a essa sombra
que me acompanha
Ao som do
Tic-tac…
Tic-tac…
Tic-tac…
Daquele que não
Sou.

Para ti, sonho de uma vida...