Pós
Tens mãos de
Terra que me enlameiam
o coração. E no entanto,
não me tocas.
Tens olhos de lagoas
Mágicas donde se levanta
uma densa neblina. E no entanto,
vejo-te a dois dedos de mim.
Tens uma voz de falcão perdido
que chama por mim
e por um Deus ausente. E no entanto,
Não ouço as palavras que preciso...
Escavei em mim um túnel de desejos e de sonhos.
Até te encontrar. Agora,
que o trabalho está feito,
Sinto-me flutuar, inutilmente,
na berma do teu corpo.
Pesadamente, sopro onomatopeias,
entorpecidas por um Amor estúpido
Que me enloquece.
Crash! Bum! Bang!
Caio... Desamparado no meio
da planície mágica que me
devolve alguma Paz.
A mesma que inalo das vinhas
e do ribeiro gelado onde vejo o
reflexo do teu coração, em cada
Gota de água. Não! Água não...
É um ribeiro de vermelho sangue.
Aquele que brota de mim, em jactos,
Brutos.
E no fim,
Meneias o teu machado,
feito de palavras tuas.
Essas assassinas de sonhos
dispersos e achados em volteios
de um derradeiro Tango.
Terra que me enlameiam
o coração. E no entanto,
não me tocas.
Tens olhos de lagoas
Mágicas donde se levanta
uma densa neblina. E no entanto,
vejo-te a dois dedos de mim.
Tens uma voz de falcão perdido
que chama por mim
e por um Deus ausente. E no entanto,
Não ouço as palavras que preciso...
Escavei em mim um túnel de desejos e de sonhos.
Até te encontrar. Agora,
que o trabalho está feito,
Sinto-me flutuar, inutilmente,
na berma do teu corpo.
Pesadamente, sopro onomatopeias,
entorpecidas por um Amor estúpido
Que me enloquece.
Crash! Bum! Bang!
Caio... Desamparado no meio
da planície mágica que me
devolve alguma Paz.
A mesma que inalo das vinhas
e do ribeiro gelado onde vejo o
reflexo do teu coração, em cada
Gota de água. Não! Água não...
É um ribeiro de vermelho sangue.
Aquele que brota de mim, em jactos,
Brutos.
E no fim,
Meneias o teu machado,
feito de palavras tuas.
Essas assassinas de sonhos
dispersos e achados em volteios
de um derradeiro Tango.