Fuga
Corro, sem nunca sair
Do mesmo lugar. Atravesso
Searas de douradas esperanças
E sorvo, da concha formada
por duas mãos que não as minhas,
Uma água que dizem ser elixir.
Alterado por uma força crescente,
salto um tronco queimado, algures
entre o Aqui e o Αli. E vejo-me
Acolá.
O Sol morre em mil cores de
lume vivo e estendo-lhe o coração
Que aquece...
Intocável, como o arco-íris,
surges detrás de cada memória.
E etéro como ele, permaneces
Imutável. A mim mesmo...
Suspenso dum Tempo
Que não avança,
Contemplo-te.
E é tudo o que me é
Permitido.
Do mesmo lugar. Atravesso
Searas de douradas esperanças
E sorvo, da concha formada
por duas mãos que não as minhas,
Uma água que dizem ser elixir.
Alterado por uma força crescente,
salto um tronco queimado, algures
entre o Aqui e o Αli. E vejo-me
Acolá.
O Sol morre em mil cores de
lume vivo e estendo-lhe o coração
Que aquece...
Intocável, como o arco-íris,
surges detrás de cada memória.
E etéro como ele, permaneces
Imutável. A mim mesmo...
Suspenso dum Tempo
Que não avança,
Contemplo-te.
E é tudo o que me é
Permitido.
3 Comments:
Lindo, como sempre, querido Martim... Muitas das vezes ficamos alheados do nosso próprio direito e dever de sermos felizes e de construirmos a nossa própria felicidade. Mais triste ainda ficarmos a contemplar-nos a nós mesmos, como se fôssemos estranhos e não nos tivéssemos (re)conhecido nunca... Já tinha saudades de te ler.
Beijo grande, com muita coisa cá por dentro por resolver e muito pessimismo a pintar-me os olhos do coração...*
Gostei...
Beijinhos*
Ha textos que não devem ser comentadas tal é a grandiosidade da sua mensagem!este sem duvida é um deles!Gostei mesmo muito!
abraço
walter
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