Quando algo fica por dizer
A minha ilha está hoje coberta por um manto de púrpura saudade e profunda tristeza.
Por entre os braços desse denso nevoeiro, pouco se adivinhará... Sinto-me pequeno e inútil... A maresia corrói-me mas não o suficiente para redimir os meus actos.
O porto que julgava poder ser, não passa de uma armadilha para barcos indefesos que vagueiam, tal como eu, neste mar de indiferença e de má vontade.
No fim de contas, fui igual a tantos outros. Nem a música que me elevava, nem as árvores do pomar que me perfumavam, nem o amor que parecia brotar da tua fonte foram capazes de derrubar o meu egoísmo... Sim, egoísmo; pensar em mim com a desculpa de pensar no próximo.
Feri-me com o meu próprio ferro quente. Sinto a pele e a carne queimarem... O cheiro é insuportável, mas o que está para vir, é pior, muito pior. Nem mil litros de vinagre sobre as minhas feridas vivas poderão fazer-te sofrer um pouco menos.
Esta chuva diluviana, quase opressiva, que cai, sem cessar e sem que ninguém, excepto eu, a veja, já turva estes olhos já de si cansados de tanto chorar. Mas, vai-me lavando também destes maus pensamentos e destas peles já gastas por outros amores nunca vividos.
Encontrei-me à beira duma encruzilhada, por mim, criada. Mas não tenho sinais que me indiquem o caminho a seguir... Alguém irá ficar à beira da estrada, e quisesse o Alto que fosse eu.
Por entre os braços desse denso nevoeiro, pouco se adivinhará... Sinto-me pequeno e inútil... A maresia corrói-me mas não o suficiente para redimir os meus actos.
O porto que julgava poder ser, não passa de uma armadilha para barcos indefesos que vagueiam, tal como eu, neste mar de indiferença e de má vontade.
No fim de contas, fui igual a tantos outros. Nem a música que me elevava, nem as árvores do pomar que me perfumavam, nem o amor que parecia brotar da tua fonte foram capazes de derrubar o meu egoísmo... Sim, egoísmo; pensar em mim com a desculpa de pensar no próximo.
Feri-me com o meu próprio ferro quente. Sinto a pele e a carne queimarem... O cheiro é insuportável, mas o que está para vir, é pior, muito pior. Nem mil litros de vinagre sobre as minhas feridas vivas poderão fazer-te sofrer um pouco menos.
Esta chuva diluviana, quase opressiva, que cai, sem cessar e sem que ninguém, excepto eu, a veja, já turva estes olhos já de si cansados de tanto chorar. Mas, vai-me lavando também destes maus pensamentos e destas peles já gastas por outros amores nunca vividos.
Encontrei-me à beira duma encruzilhada, por mim, criada. Mas não tenho sinais que me indiquem o caminho a seguir... Alguém irá ficar à beira da estrada, e quisesse o Alto que fosse eu.
4 Comments:
Os amores são sempre vividos - às vezes podem não ser é consumados ou partilhados!
Nunca ficarás à beira da estrada enquanto eu tiver dois braços para te abrir.
... As tempestades passam sempre!...
Beijos.
Martim há neste post um sentimento vago de entrega e um sentimento de "ouriço de recusas", como diria miguel torga!
Há neste post algo que muito parece muito teu!triste mas belo nas suas imagens!
e mm sem te conhecer terás sempre o meu braço para te ajudar!
um abraço
walter
o pior inimigo de cada um de nós somos nós mesmos.
Ninguem melhor que nós mesmos conhece as armas que mais e maiores danos nos podem causar.
...mas, sejamos optimistas, isso significa que ninguem melhor que nós próprios para saber "lamber" as nossas próprias mossas.
Estás a sofrer... anima-te, significa que estás vivo! Que tens um coração que bate dentro de ti a cada fracção de segundo e que se prepara, a cada batida, para encarar um novo futuro.
beijinhos de alguém que nunca te olhou nos olhos mas que nutre um carinhos muito especial por ti e por tudo o que sentes.
"Sinto-me pequeno e inútil..."
Também eu!
(isto realmente não foi grande ajuda^^)
Gosto do teu blog!
Um recanto onde ainda se escreve e se sente com o coração!
=)
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