sábado, janeiro 29, 2005

Giovinazzio

A chuva miudinha que vai caindo entretanto, não desvanece a magia que sinto enquanto procuro por ti, por entre vielas e ruas apertadinhas duma cidadezita perdida algures no sul de Itália.
Sinto o teu odor na noite quente e abafada e vou pensando no que te farei assim que te encontrar...
Um gato mia, assutado com a minha passagem, e fico a observá-lo, no seu trono de amores-perfeitos lilazes, escondidos em vasos de barro, numa varanda pitoresca. De repente, sinto-te por trás de mim... A água escorre pelas minhas costas enquanto me beijas a nuca.
Sinto no ar o cheiro a especiarias e a café acabado de fazer e só me apetece gritar a todo o mundo que te adoro!!!!
Volto-me de frente para ti, e consigo ver a morrinha que vai caindo sobre a linha do horizonte, algures lá longe, no fim do mar... A luz melancólica fo candeeiro a gaz não se compara ao luzeiro que sai de dentro de ti; é como se me cegasses com a tua presença. Mas não me importo, é um doce castigo que suporto com prazer, só para poder estar contigo... Naquele dia.... Naquela ruela... Com aquela chuva miudinha por testemunha!

terça-feira, janeiro 11, 2005

Enfim... The Same Old Story!

Por não estares a meu lado, o meu coração falha e reinventa-se enquanto tento racionalizar o que sinto. Mas ele é teimoso e iniste em querer-te para mim e em maquinar enredos para te suduzir e enfeitiçar.
Não entendo esta minha pressa de viver, de querer amar, de experimentar mil sensações, tudo ao mesmo tempo! É como se o mundo fosse acabar amanhã... Estupidamente, ligo o móvel na esperança de teres enviado uma mensagem, por mais insignifiante que fosse.
Hoje, ao acordar, senti uma vontade quase incontrolável de estar junto a ti... Como não podia, resignei-me à minha condição de pedinte e de rejeitado. Nem se trata de uma questão de ser rejeitado ou não, pois nunca me deste razões válidas para me sentir como tal... O meu probema foi agarrar-me à ideia, que eu construira na minha cabeça, de representares tudo aquilo que procuro e eu aquilo que queres para ti.
É das piores coisas que se pode fazer... Acharmos que a realidade irá corresponder ao que idealizamos, às ideias construídase não ao que realmente existe.
É como se construísemos castelos no ar!
Mas se não for assim, como tirar um pouco daquilo que a vida proporciona aos outros, sem que eles se preocupem?!
Queria muito poder ser completamente feliz com o que tenho. E, durante a maior parte do tempo, consigo sê-lo. Ajudando os outros, estando com os amigos numa mesa de café, conversando alegremente num jantar de familia, vendo um filme recostado na minha cama...
Mas, doutras vezes, sou assaltado por um desejo animal de ser egoísta... E então penso apenas em mim e na possibilidade de ser correspondido no Amor...
Acendo um cigarro enquanto estes pensamentos me percorrem a mente. Depressa tento voltar à realidade para não ser tarde demais e começar a acreditar que sou capaz. Faço um esforço enorme para voltar a ser racional, mas cada vez é mais difícil. Apetece-me cada vez mais ser egoísta e pensar em mim. Mas será que não o faço já todos os dias?!
Ah! Raios! Tantas dúvidas e nunguém para me responder. Entretanto, o cigarro reduz-se à beata, que atiro para longe, vendo fagulhas fazendo um breve fogo de artifício durante a trajectória parabólica.
Faço a analogia com a minha vida... Será que esta é um aglomerado disperso de pequenos fogos-fátuos, que se dispersam à medida que envelheço? Tenho que me concentrar melhor naquilo que verdadeiramente é importante. Assim, talvez me realize como pessoa do MUNDO... O resto virá por acréscimo

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Por não estares a meu lado, o meu coração falha e reinventa-se enquanto tento racionalizar o que sinto. Mas ele é teimoso e iniste em querer-te para mim e em maquinar enredos para te suduzir e enfeitiçar.
Não entendo esta minha pressa de viver, de querer amar, de experimentar mil sensações, tudo ao mesmo tempo! É como se o mundo fosse acabar amanhã... Estupidamente, ligo o móvel na esperança de teres enviado uma mensagem, por mais insignifiante que fosse.
Hoje, ao acordar, senti uma vontade quase incontrolável de estar junto a ti... Como não podia, resignei-me à minha condição de pedinte e de rejeitado. Nem se trata de uma questão de ser rejeitado ou não, pois nunca me deste razões válidas para me sentir como tal... O meu probema foi agarrar-me à ideia, que eu construira na minha cabeça, de representares tudo aquilo que procuro e eu aquilo que queres para ti.
É das piores coisas que se pode fazer... Acharmos que a realidade irá corresponder ao que idealizamos, às ideias construídase não ao que realmente existe.
É como se construísemos castelos no ar!
Mas se não for assim, como tirar um pouco daquilo que a vida proporciona aos outros, sem que eles se preocupem?!
Queria muito poder ser completamente feliz com o que tenho. E, durante a maior parte do tempo, consigo sê-lo. Ajudando os outros, estando com os amigos numa mesa de café, conversando alegremente num jantar de familia, vendo um filme recostado na minha cama...
Mas, doutras vezes, sou assaltado por um desejo animal de ser egoísta... E então penso apenas em mim e na possibilidade de ser correspondido no Amor...
Acendo um cigarro enquanto estes pensamentos me percorrem a mente. Depressa tento voltar à realidade para não ser tarde demais e começar a acreditar que sou capaz. Faço um esforço enorme para voltar a ser racional, mas cada vez é mais difícil. Apetece-me cada vez mais ser egoísta e pensar em mim. Mas será que não o faço já todos os dias?!
Ah! Raios! Tantas dúvidas e nunguém para me responder. Entretanto, o cigarro reduz-se à beata, que atiro para longe, vendo fagulhas fazendo um breve fogo de artifício durante a trajectória parabólica.
Faço a analogia com a minha vida... Será que esta é um aglomerado disperso de pequenos fogos-fátuos, que se dispersam à medida que envelheço? Tenho que me concentrar melhor naquilo que verdadeiramente é importante. Assim, talvez me realize como pessoa do MUNDO... O resto virá por acréscimo