domingo, novembro 18, 2007

(Ainda) em contagem decrescente

Espero um sinal. Qualquer um. Aquele que me tome de assalto e faça viver em pleno.
A comida não tem sabor e os sorrisos são mecanizados. A força invísvel que trava o meu percurso e da qual nada sei, é cada vez mais forte. Existem acessos de esperança, diminutos a cada dia que passa, a cada hora, a cada minuto.
O Inverno chegou e com ela a melancolia dum amor inacabado, rasgado em pinceladas de nada. Tento, em vão, colar os seus restos mortais com memórias e esperanças de qualquer coisa da qual não tenho já certezas. Tento, em vão, trazer-te de novo para a minha vida.

sábado, novembro 17, 2007

Estava ausente de mim
e senti um sopro gélido.
Melancolicamente, abri os olhos
para uma janela baça que
não se deixava atravessar pela luz.
Entre as sombras, nada me despertou
de um doce sono do qual não queria acordar.
Placidamente encostei a cabeça à vidraça tosca
por onde escorria a chuva de Novembro e sorri.
Os ouriços dos castanheiros caíam desanparados e
pensei que era eu.