sexta-feira, junho 03, 2005

Espero

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Preenchendo todos os cantos e recantos do que sou, percorres-me como um rio seco, cavando um leito em basalto negro.
Impetuosamente, corres numa única direcção... Aquela que se afasta de mim! Eu não vou ceder; apenas vou conter-te em mim até explodir de tanto sentir a tua falta.
Não te dás nesse teu jogo do gato e rato. E mesmo assim, depois de tanto sofrer, de tanto recmeçar, sou novamente um menino, olhando-te como a um pai.
Sim, agora és um pai, um pai da vida, um guru de sentimentos e de vivências!
Amo-te como se não ouvesse amanhã... Como me arrependo de te ter negado um dia esse Amor.
Ele é cego e tudo vê. Ele é quente e tudo gela c'o seu sopro. Ele é quimera à ESPERA de ser realidade!
Guardo-te como um tesouro, como uma moeda da sorte, dentro de um coração bordado a paz e perfumado a serenidade. Serenidade daquela que se sente quando não se desespera... Esse amor guardado é a minha força, a minha energia! É o pão que levo à boca todos os dias... É a água que sorvo debaixo da amendoeira, enquanto espero por um novo dia.
E nunca mais chega... Nem esse dia, nem o teu olhar esquivo e breve que tudo pára em mim...