domingo, maio 15, 2005

Despojado

Abro as narinas
E forço uma inspiração.
Automaticamente,
transporto-me até uma
Singularidade onde
Tempo e espaço
se consomem mutuamente,
deixando um vazio...
Aí, entras dentro de mim
e dás-me vida!
O teu corpo é o meu
Templo, onde rezo e
me ofereço a ti...
Toma-me e deixa-me...
Ama-me e despreza-me,
se esse for o teu desejo
Mas nunca me deixes só!
Sou egoísta, querendo-te
só p'ra mim... Sei
que não és nem serás meu.
Vem, vem navegar no meu corpo e deixar
a Tua essência marcada a ferros na minha
Alma!